quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

NOVA AMEAÇA

O Ministério da Saúde rebate e os cientistas alertam sobre a necessidade de uma quarentena em regiões específicas do Rio de Janeiro onde o empresário sul-africano Willian Charles Erasmus, 53 anos, desembarcou e morreu após apresentar sintomas de febre hemorrágica, causadas por um vírus ainda desconhecido.

Veja a trajetória do vírus:



1 - No início de novembro, uma pessoa contaminada por um vírus desconhecido deu entrada em um hospital da Zâmbia, na África, apresentando sintomas de mordidas feitas por roedores.

2 - O paciente, que segundo informações do hospital seria uma mulher que teria dado entrada no dia 12 de setembro, foi transferido para uma unidade em Johanesburgo, na África do Sul.

3 – Na unidade foram registradas quatro mortes – três profissionais de saúde e uma faxineira. No mesmo local, o empresário William Charles Erasmus realizava uma cirurgia ortopédica. William acabou sendo contaminado pelo vírus ARENAVÍRUS, causador das mortes anteriores.

4 – Após a operação, o empresário embarcou para o Rio de Janeiro e 48 horas depois, apresentou os sintomas de febre hemorrágica. William foi internado no hospital Barra D’Or e depois transferido para o Hospital São José, onde faleceu.


Por medida de saúde pública, o corpo e todos os pertences de William Charles foram incinerados. Um grupo de 65 pessoas que tiveram contato com o infectado estão sendo monitoradas. O contato pode ter ocorrido através do sangue, suor, saliva, urina, fezes, vômito ou qualquer outro tipo de secreção do empresário contaminado.

De acordo com especialistas do Ministério da Saúde, o contágio só ocorre após a manifestação dos sintomas que muito se parecem com uma gripe. Em seguida, as meninges são atingidas e logo depois o cérebro.

Na África, a notícia da morte do empresário mobilizou os pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis que chegaram a conclusão de que esse tipo de vírus letal é novo para a ciência. Ainda de acordo com os especialistas, seria uma variável do Arenavírus que já fez 16 vítimas fatais fora da África do Sul.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Mistério no caso Eloá: as imagens que você não viu

No meio de tanta informação despejada para o público brasileiro sobre o seqüestro e morte da jovem Eloá Pimentel, pequenos fragmentos daquela semana que marcou a nossa história insistem em nos assombrar com questionamentos sobre os quais jamais teremos respostas. E justamente por falar em assombração, que decidi editar um vídeo curioso e ao mesmo tempo misterioso, gravado no último dia do seqüestro.

As imagens captadas pelas lentes de uma câmera da Rede Record, registraram muito mais do que o momento onde a polícia explode a porta do apartamento que serviu de cativeiro para Eloá e sua amiga Nayara. Analisando os frames (quadro a quadro), constatei a presença de um elemento novo naquela cena. Trata-se de um vulto branco que surge ao lado de uma parede segundos antes dos policiais estourarem a bomba que por sua vez foi acionada assim que Lindemberg, o seqüestrador, fez um disparo dentro da residência.

Continuando, ouviu-se então um disparo, e no intervalo entre a bomba que explode na porta e a entrada dos policiais, eis que surge o tal vulto. As imagens deixam revelam que o vulto surge de repente, se inclina para frente na horizontal e dispara numa velocidade formidável em direção ao poste que fica na saída do prédio.

Assista ao vídeo:

Depois da publicação desse vídeo, várias correntes de pensamentos e ideologias vão estar aptas para suas considerações. Porém, a constatação do vulto aconteceu na madrugada de quarta-feira, 22 de outubro de 2008 e foi meramente fruto do acaso já que procurava imagens para ilustrar um post sobre os “Encontros e Desencontros no caso de Santo André”

Para melhor visualização, assista também no Youtube.

domingo, 19 de outubro de 2008

TEATRO DE RISCO: história de livre adaptação

O Brasil acompanhou de perto o drama vivido pelas pessoas envolvidas no seqüestro da jovem Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, que foi mantida como refém do ex-namorado, Lindemberg Alves. Além do casal, uma amiga de Eloá, a menina Nayara Silva também permaneceu grande parte do tempo nesse cenário de horror classificado pelo comandante do Batalhão de Choque, o coronel Eduardo José Félix, como “Teatro de Risco”. Esse título dado pelo coronel ao caso que parou o país seria bastante apropriado se o autor da história fosse algum policial cansado e com o nível de estresse superando qualquer limite após uma semana de expectativas e olhar fixo nas três janelas do apartamento que serviu como cativeiro.

O “Teatro de Risco”, escrito então por esses policiais, justifica a atitude dos soldados principalmente na hora de estourar o cativeiro. Sim, estourar no sentido mais pirotécnico da palavra, isso por conta da quantidade agressiva de explosivos plásticos instalados na entrada principal do apartamento. Na outra ponta do cenário, um soldado sobe ligeiramente a escada e com dificuldades, tenta entrar pela janela da cozinha. De um jeito ou de outro, era preciso invadir. E o espetáculo segue...

CENA 01: INVASÃO/INTERIOR/NOITE

Policiais explodem a porta do apartamento e tentam invadir a casa. Uma mesa de jantar dificulta a passagem dos soldados. De dentro do apartamento, o seqüestrador dispara tiros de sua arma cablibre 32.

Soldado1: Vamos mano, balas de borracha pra cima do vagabundo! (disparos com balas de borracha revidando o ataque do seqüestrador)

Seqüestrador: Meu, não sei o que estou fazendo. Eu juro que ouvi o diabinho, isso é coisa dele, ta ligado?

(Um grupo de soldados invadem o cenário e chegam até o seqüestrador. O grupo se divide numa rápida ação) – Trilha Aventura – Fade out

Soldado 2: Mano, tem umas minas aqui, me ajuda!

Em câmera lenta os policiais retiram uma jovem ensangüentada do chão enquanto dois soldados imobilizam o seqüestrador. A primeira menina deixa o cenário. Corta para o seqüestrador que é convidado a se retirar da cena do crime. Corta para um policial que leva em seus braços a vítima fatal.

(As luzes se apagam. Off com sirenes, gritos e confusão)

A ordem certa das cenas desse “Teatro de Risco” ainda não foi definida. O roteiro pode ser escrito de acordo com os pontos de vista daqueles que participaram da semana mais tensa de outubro de 2008. Mas no meio de tantas histórias, com tantos personagens e uma infinidade de versões, o que resta a fazer é esperar pela versão do cinema. No ano que vem faremos a mesma pergunta que ecoou na estréia do Festival do Rio: “Na época, você acompanhou o caso pela televisão?” Estou me referindo ao incidente no ônibus 174 que vai permanecer eterno nas prateleiras do gênero: Aventura/Policial.


EM BREVE NOS CINEMAS


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Yes, nós temos bananas...e chocolates também!

Enquanto no lado de fora se discute a ação dos negociadores em permitir o retorno da jovem Nayara ao cativeiro, onde se encontra Eloá e Lindemberg, no lado de dentro da casa, os reféns e o seqüestrador parecem não se importar muito com os acontecimentos. Antes de desligar os telefones na manhã desta sexta-feira, Lindemberg falou com a produção do programa “Hoje em Dia” e disse que ambas as meninas passam bem, apesar de algumas crises de choro por parte da namorada seqüestrada. Tudo sob controle.

Para manter o ritmo nesses cinco dias de seqüestro, os envolvidos no caso estão fazendo uma dieta baseada em bananas e chocolates. E quem descobriu essas informações foram dois cavalos que vasculharam as sacolas de lixo produzido no cativeiro.

Rica em potássio, a banana tem importante papel no desenvolvimento muscular, ideal para quem está andando de um lado para o outro dentro de um apartamento minúsculo, com pequenos cômodos. Já o chocolate, provoca uma reação química especial em nosso organismo por causa da presença de aminoácidos feniletilamina, precursores da serotonina, substância que fabricamos em situações de felicidade. Além disso, o chocolate é puramente energético, o que pode justificar o comportamento lúcido e animador de Lindemberg. Digo animador uma vez que por telefone, o rapaz já manteve contato com todas as principais emissoras de televisão do país, que aguardam ansiosas por mais um furo de reportagem.

Lentes apontadas para as três janelas do prédio aguardam por um sinal. Mas e dentro da casa, como está a situação? Imaginemos...televisão ligada, as meninas descansando e Lindemberg degustando um delicioso chocolate Nestlé. O preço do resgate? Barras com grande valor calórico. Que tal mais chocolates?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Caso de Polícia: civis, porém militantes

O bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, foi
cenário de um confronto que reuniu policiais civis em greve e policiais militares na ativa. Apesar do Palácio dos Bandeirantes ter divulgado em nota que apenas duas pessoas foram feridas durante a confusão. Já o Hospital Albert Einstein contabiliza aproximadamente dezoito vítimas que se envolveram em brigas e que já foram medicadas. Em um pronunciamento ao vivo para o programa “Brasil Urgente”, o governador de São Paulo, José Serra, afirma que tudo não passa de um artifício político, usado para campanha eleitoral: “Estamos em época de eleição e existe um propósito político e eleitoral. A população de São Paulo está consciente sobre esse fato”, comentou o governador.
Em greve há um mês e reivindicando melhores salários, os policiais civis não conseguem entrar em um acordo com o governo que se pronunciou alegando já ter apresentado sua proposta:
“Os civis sabem que estamos abertos para negociações, mas tudo na medida do possível. Com armas na mão, não dá”, finalizou Serra.

Segundo informações da própria polícia militar, a população de São Paulo não corre risco de ficar desprotegida uma vez que apenas parte do contingente foi removido para o local do confronto. Um detalhe curioso divulgado pelas emissoras de televisão que transmitem imagens ao vivo da manifestação, é o uso pela polícia militar de balas de borrachas e bombas de feito moral contra os grevistas civis que não dispensaram a intimidação de suas potentes pistolas.

Enquanto o Morumbi vive sua tarde inspirada em algum faroeste, o candidato de Serra visita as instalações do metrô e nega corpo-a-corpo com o candidato do PSDB. Virando a página, é melhor acreditar que o confronto entre as policias na frente do palácio do governo se resume apenas em uma disputa histórica. Justamente, história pra boi dormir...

Datena detona, Sonia Abrão revida...e o sequestro?

O Brasil inteiro acompanha há 74 horas o sequestro da jovem Eloá, que é mantida como refém pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves em um conjunto habitacional localizado em Santo André, interior de São Paulo. Se por um lado a polícia se mantêm estática, cumprindo o seu papel físico e literalmente militando no local, por trás das dezenas de câmeras instaladas próximas ao cativeiro, uma outra disputa começa a ter mais importância do que o caso propriamente dito: a guerra pela audiência.

Reprodução TV
De acordo com o coronel Eduardo José Félix, a situação estava sob controle quando uma intervenção por telefone da jornalista Sonia Abrão, apresentadora do programa “A Tarde é Sua”, acabou atrapalhando a liberação da refém: “Foi uma atitude que eu considero imprudente e irresponsável”, disse Félix. Durante a entrevista com o sequestrador exibida ao vivo pela Rede TV!, Sonia falou com exclusividade sobre o caso, e disparou na frente dos demais colegas que estavam de plantão no local. O fato causou bastante polêmica e dividiu opiniões dentro do meio jornalístico. Na mesma noite, o apresentador José Luiz Datena dedicou grande parte do seu horário para discutir a atitude da colega de profissão. Sobraram agressões verbais e trocas de farpas por parte de Datena em relação ao procedimento de Sonia.


“Acho polêmica saudável. Não tenho o hábito de falar mal dos meus colegas no ar. Não sou principiante e nem inexperiente. Tenho bagagem o suficiente aos meus 47 anos. Em nenhum momento pensei em substituir a polícia. O meu negócio é informação e não negociação. Em momento algum atrapalhamos nada. Fui pega de surpresa e o jornalismo de 20 anos me deu suporte para conduzir a entrevista sem que abalasse inclusive o meu emocional”, disse Sonia Abrão ao vivo em seu programa no dia seguinte aos comentários de Datena. E antes de encerrar o assunto, Sonia deixou um recado para o ex-colega:

“Sinto muito, querido apresentador da concorrente. Nós fomos o primeiro programa a falar com ele e a partir daí a opinião pública mudou completamente. O Lindemberg não é um criminoso, ele é um rapaz que sofreu o fim de um namoro e que entrou em crise. O tempo todo defendemos a polícia dizendo para ele que o papel dos policiais era salvar vidas. Pra mim era amigo, depois passou a ser colega. Depois do que ele disse passou a ser mais nada. Se o seu trabalho é piscar luzinha e conversar com janelas, o nosso não é não. Agora não admito um jornalista pilhar um comandante contra a imprensa. Continue piscando suas luzes e conversando com janelas, mas não atrapalhe o nosso trabalho. Não brinco com a vida de ninguém, mas se alguma coisa acontecer tenho certeza de que apenas colaboramos.”


Então...vamos girar!