quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Caso de Polícia: civis, porém militantes

O bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, foi
cenário de um confronto que reuniu policiais civis em greve e policiais militares na ativa. Apesar do Palácio dos Bandeirantes ter divulgado em nota que apenas duas pessoas foram feridas durante a confusão. Já o Hospital Albert Einstein contabiliza aproximadamente dezoito vítimas que se envolveram em brigas e que já foram medicadas. Em um pronunciamento ao vivo para o programa “Brasil Urgente”, o governador de São Paulo, José Serra, afirma que tudo não passa de um artifício político, usado para campanha eleitoral: “Estamos em época de eleição e existe um propósito político e eleitoral. A população de São Paulo está consciente sobre esse fato”, comentou o governador.
Em greve há um mês e reivindicando melhores salários, os policiais civis não conseguem entrar em um acordo com o governo que se pronunciou alegando já ter apresentado sua proposta:
“Os civis sabem que estamos abertos para negociações, mas tudo na medida do possível. Com armas na mão, não dá”, finalizou Serra.

Segundo informações da própria polícia militar, a população de São Paulo não corre risco de ficar desprotegida uma vez que apenas parte do contingente foi removido para o local do confronto. Um detalhe curioso divulgado pelas emissoras de televisão que transmitem imagens ao vivo da manifestação, é o uso pela polícia militar de balas de borrachas e bombas de feito moral contra os grevistas civis que não dispensaram a intimidação de suas potentes pistolas.

Enquanto o Morumbi vive sua tarde inspirada em algum faroeste, o candidato de Serra visita as instalações do metrô e nega corpo-a-corpo com o candidato do PSDB. Virando a página, é melhor acreditar que o confronto entre as policias na frente do palácio do governo se resume apenas em uma disputa histórica. Justamente, história pra boi dormir...

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