quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Datena detona, Sonia Abrão revida...e o sequestro?

O Brasil inteiro acompanha há 74 horas o sequestro da jovem Eloá, que é mantida como refém pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves em um conjunto habitacional localizado em Santo André, interior de São Paulo. Se por um lado a polícia se mantêm estática, cumprindo o seu papel físico e literalmente militando no local, por trás das dezenas de câmeras instaladas próximas ao cativeiro, uma outra disputa começa a ter mais importância do que o caso propriamente dito: a guerra pela audiência.

Reprodução TV
De acordo com o coronel Eduardo José Félix, a situação estava sob controle quando uma intervenção por telefone da jornalista Sonia Abrão, apresentadora do programa “A Tarde é Sua”, acabou atrapalhando a liberação da refém: “Foi uma atitude que eu considero imprudente e irresponsável”, disse Félix. Durante a entrevista com o sequestrador exibida ao vivo pela Rede TV!, Sonia falou com exclusividade sobre o caso, e disparou na frente dos demais colegas que estavam de plantão no local. O fato causou bastante polêmica e dividiu opiniões dentro do meio jornalístico. Na mesma noite, o apresentador José Luiz Datena dedicou grande parte do seu horário para discutir a atitude da colega de profissão. Sobraram agressões verbais e trocas de farpas por parte de Datena em relação ao procedimento de Sonia.


“Acho polêmica saudável. Não tenho o hábito de falar mal dos meus colegas no ar. Não sou principiante e nem inexperiente. Tenho bagagem o suficiente aos meus 47 anos. Em nenhum momento pensei em substituir a polícia. O meu negócio é informação e não negociação. Em momento algum atrapalhamos nada. Fui pega de surpresa e o jornalismo de 20 anos me deu suporte para conduzir a entrevista sem que abalasse inclusive o meu emocional”, disse Sonia Abrão ao vivo em seu programa no dia seguinte aos comentários de Datena. E antes de encerrar o assunto, Sonia deixou um recado para o ex-colega:

“Sinto muito, querido apresentador da concorrente. Nós fomos o primeiro programa a falar com ele e a partir daí a opinião pública mudou completamente. O Lindemberg não é um criminoso, ele é um rapaz que sofreu o fim de um namoro e que entrou em crise. O tempo todo defendemos a polícia dizendo para ele que o papel dos policiais era salvar vidas. Pra mim era amigo, depois passou a ser colega. Depois do que ele disse passou a ser mais nada. Se o seu trabalho é piscar luzinha e conversar com janelas, o nosso não é não. Agora não admito um jornalista pilhar um comandante contra a imprensa. Continue piscando suas luzes e conversando com janelas, mas não atrapalhe o nosso trabalho. Não brinco com a vida de ninguém, mas se alguma coisa acontecer tenho certeza de que apenas colaboramos.”


Então...vamos girar!

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